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Educação

Remédio para diabetes reduz 21% do peso e é saudado como um divisor de águas na luta contra a obesidade

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  1. Um medicamento aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, para tratamento da diabetes tipo 2 no último mês pode se tornar uma importante arma contra a obesidade e chegar em breve ao Brasil. Segundo a farmacêutica Eli Lilly, que desenvolveu a tirzepatida, o aval para uso da droga já foi solicitado à Anvisa e, se aprovado, pode estar disponível “em meados de 2023”. A agência confirmou que a substância está sob análise “dentro do prazo legal”.

Além disso, os resultados dos testes clínicos para avaliar a eficácia no emagrecimento foram publicados neste fim de semana na revista científica The New England Journal of Medicine, e comprovaram uma redução de até 21% do peso corporal de participantes com cerca de 104,8 kg.

Procurada, a Eli Lilly afirmou que os resultados da tirzepatida para diabetes tipo 2 e obesidade são “sem precedentes”, e ressaltou que o medicamento é testado ainda para doença hepática não alcoólica e insuficiência cardíaca. O Brasil é um dos países que fazem parte dos estudos clínicos, com cerca de 1.800 participantes nas quatro frentes.

A constatação sobre os efeitos para a perda de peso da substância faz parte da fase 3 dos testes clínicos, conduzidos pela empresa para avaliar o tratamento especificamente contra a obesidade. Para isso, foram incluídos 2.539 participantes adultos não diabéticos com IMC de 30 para cima, ou a partir de 27 que tivessem também uma complicação de saúde relacionada ao peso – desde que não fosse diabetes.

Eles foram divididos em quatro grupos. Um recebeu placebo (para comparação) e os outros três dosagens diferentes do medicamento: de 5 mg, 10 mg e 15 mg. A intervenção durou 72 semanas – cerca de um ano e meio – período em que os participantes também realizaram dietas e rotinas de atividade física.

No final, todos aqueles que receberam o medicamento apresentaram uma redução no peso consideravelmente maior que a dos integrantes do grupo placebo. Em média, a diminuição foi de 15% do peso corporal (16,1 kg) no grupo de 5 mg da tirzepatida; 19,5% (22,2 kg), no de 10 mg; 20,9% (23,6 kg), no de 15 mg, e apenas 3,1% (2,4 kg) no grupo de controle.

O estudo mostrou ainda que a proporção de pessoas que tiveram uma redução de ao menos 5% do peso corporal foi de 85% no grupo de 5 mg da tirzepatida; 89%, no de 10 mg; 91%, no de 15 mg e somente 35%, no placebo. Além disso, metade dos participantes da dosagem média do remédio (10 mg) tiveram ao menos 20% de diminuição no peso. Esse percentual foi de 57% no grupo de 15 mg – e apenas 3% no de controle.

“Neste estudo de 72 semanas em participantes com obesidade, 5 mg, 10 mg ou 15 mg de tirzepatida uma vez por semana proporcionaram reduções substanciais e sustentadas no peso corporal”, concluíram os responsáveis pelo estudo.

A tirzepatida atua no organismo imitando a ação de hormônios que estimulam a produção de insulina e promovem a sensação de saciedade. Ela é aplicada por meio de uma injeção subcutânea semanal.

Durante os testes recém-publicados, que avaliaram a eficácia para a obesidade, os pesquisadores destacaram também melhorias em medidas cardiometabólicas. Já em relação aos efeitos colaterais, não houve relatos graves, sendo náusea, diarreia e constipação, majoritariamente de forma leve ou moderada, as reações mais comuns – especialmente observadas na dosagem mais alta.

O estudo foi apresentado na 82ª Sessão Científica da Associação Americana de Diabetes (ADA), nos Estados Unidos, neste sábado, e publicado simultaneamente no The New England Journal of Medicine. Em comunicado, uma das pesquisadoras responsáveis pelos testes defendeu que os resultados são “um importante passo à frente na potencial expansão de opções terapêuticas eficazes para pessoas obesas”.

“A obesidade deve ser tratada como qualquer outra doença crônica – com abordagens eficazes e seguras que visam a mecanismos de doenças subjacentes, e esses resultados ressaltam que a tirzepatida pode estar fazendo exatamente isso”, disse a professora da Escola de Medicina da Universidade de Yale Ania Jastreboff, co-diretora do Centro de Controle de Peso da universidade e autora do estudo, em comunicado da ADA.

Avanço da obesidade

Segundo estimativa do Atlas Mundial da Obesidade de 2022, publicado pela Federação Mundial de Obesidade (World Obesity Federation), o mundo terá pouco mais de um bilhão de pessoas obesas em 2030 – 17,5% da população adulta de todo o planeta. Os números apontam para uma realidade em que uma a cada cinco mulheres e um a cada sete homens estarão com a condição.

Em relação ao Brasil, a estimativa é de que 29,7% da população adulta viverá com a obesidade em 2030, 33,2% das mulheres e 25,8% dos homens. Entre as crianças, o documento avaliou ainda que 22,7% da população entre 5 a 9 anos, e 15,7% entre 10 a 19 anos, será obesa.

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Celebridades

“O segredo do sucesso é a persistência” diz Osl Beats

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Artista vem tendo grande destaque nas plataformas de streaming

Recentemente o artista Osl Beats vem tendo grande destaque nas plataformas de streaming, não é atoa que seja um sucesso repentino. Pois tudo demanda um trabalho bem feito para dar certo.

Em conversa o artista conta que ser inovador e fazer coisas diferentes do que tem no mercado sempre vai ser o divisor de águas para o sucesso.

“ Sempre tive muita força de vontade, gosto de fazer acontecer, e fazer bem feito. Creio que essa foi a receita para chegar a onde estou” finaliza.

Link do artista no Spotify https://open.spotify.com/artist/06pT6lQ6ZSePEv24FT5eEg?si=TQbfzAmJQt2qLRk2L55qqw

Perfil do artista no Instagram

https://instagram.com/osergiolucas?igshid=YzAyZWRlMzg=

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Celebridades

Busca por representatividade trans aumenta 129% em plataforma de imagens

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Análise da iStock aponta que, apesar de aumento das buscas, uso do conteúdo aumentou somente 1%

No “Mês do Orgulho”, as empresas já estão pensando em como incluir a comunidade LGBTQ+ em suas campanhas sem cair em lugares-comuns que capitalizam o movimento e que, ao invés de atrair, alienam seus consumidores ano após ano. A iStock, a plataforma líder de e-commerce que fornece imagens, vídeos e ilustrações premium a preços acessíveis para PMEs, criativos e estudantes de todo o mundo, explora como as marcas podem promover uma representação mais autêntica de um dos coletivos LGBTQ+: a comunidade transgênero, não apenas durante este mês, mas durante todo o ano.

Por meio do VisualGPS Insights, sua mais nova plataforma interativa, a iStock oferece aos clientes dados de busca e download que informam suas estratégias de conteúdo e os ajudam a identificar lacunas nas narrativas visuais atuais, incluindo a representação de pessoas trans e outras identidades da comunidade LGBTQ+.

Analisando o contexto atual da comunidade transgênero na América Latina, observa-se que, embora a representação e a cobertura trans nas políticas públicas e nos principais meios de comunicação nunca tenham sido tão frequentes, os países latinos estão na metade do caminho, restando notar que ainda há muito trabalho ser feito.

Em março de 2020, o canal de notícias público na Argentina anunciou Diana Zurco como sua apresentadora, tornando-se a primeira mulher trans a apresentar notícias na TV aberta da região. A Argentina já era notícia há uma década por ser um dos primeiros países a aprovar a mudança de gênero no Documento de Identidade. Na Colômbia, durante as eleições de 2018, Tatiana Piñeros foi promovida como a primeira candidata transgênero ao Congresso. Em novembro de 2021, foi inaugurada a Clínica Pública Trans na Cidade do México, a primeira do gênero no país. Essa iniciativa busca relembrar a rejeição e discriminação sofridas pela comunidade trans quando vão aos serviços de saúde. Vale lembrar que o México, segundo a ONG LetraS, é o segundo país com maior letalidade para pessoas trans, atrás apenas do Brasil. A expectativa de vida da comunidade trans no México é de apenas 35 anos.

Nesse sentido, de acordo com a plataforma de pesquisa criativa da iStock, o VisualGPS, uma fonte de informação que oferece dados e perspectivas sobre o consumo de conteúdo visual, revelou que os consumidores são muito mais propensos a ver pessoas da comunidade trans retratadas como vítimas de violência, do que em um ambiente diário com suas famílias ou mesmo “curtindo a vida”. De acordo com Federico Roales, Creative Researcher da iStock, apenas uma maior representatividade em termos de volume não é suficiente. O especialista indica que é importante que o público veja uma variedade maior de histórias visuais positivas protagonizadas por pessoas da comunidade trans e ressalta que as marcas podem ajudar a preencher essa lacuna.

Com maior visibilidade na mídia e progresso lento, mas constante na América Latina, uma das barreiras para aumentar a representação de transgêneros na publicidade parece ser que as marcas têm medo de errar. De acordo com o The Visibility Project da GLAAD, 81% dos anunciantes e 41% das agências estão preocupados com a representação inautêntica da comunidade e da cena LGBTQ+. O medo de que isso possa provocar uma reação negativa (um “escrache” ou a marca ser “cancelada”) tem como consequência a não inclusão de conteúdos visuais diversos como estratégia de redução de danos. No entanto, o VisualGPS revelou que o compromisso com a diversidade vai além da identidade autopercebida: 68% dos consumidores não LGBTQ+ preferem comprar de empresas que representam pessoas LGBTQ+ em seu conteúdo visual.

A iStock também informou que, entre 2021 e 2022, as pesquisas por conteúdo de pessoas transgênero aumentaram +129%. No entanto, apesar dessa intenção, as pessoas transgênero só foram representadas em menos de 1% do conteúdo mais baixado. Além disso, as narrativas visuais tendem a mostrar um espectro muito estreito de suas trajetórias de vida: como mostra a ferramenta VisualGPS Insights, a maioria das imagens mais populares relacionadas aos termos “lgbt” ou “trans” mostram cenários com bandeiras de orgulho, ou o tradicional desfiles, demonstrando falta de profundidade cultural e autenticidade na forma como as histórias LGBTQ+ estão sendo abordadas.

“As imagens LGBTQ+ mais populares mostram celebrações de orgulho e os temas predominantes são centrados na luta pela igualdade. Embora isso tenha sido importante alguns anos atrás, quando se defendia mais visibilidade, as marcas agora precisam se concentrar em tornar o LGBTQ+ mais prevalente na sociedade. Os resultados da pesquisa no VisualGPS Insights mostram que há muito pouco conteúdo que coloque as histórias do coletivo LGBTQ+ diretamente na cultura latino-americana”, disse Federico Roales.

Sobre a iStock:
A iStock é uma fonte global líder de conteúdo visual, oferecendo às pequenas e médias empresas e indivíduos uma maneira poderosa de fazer sua mensagem se destacar para os consumidores. A iStock oferece mais de 145 milhões de fotos, ilustrações, vetores e videoclipes premium extraídos da multidão e disponíveis a preços acessíveis e sem complicações. Combinando a comunidade global exclusiva de colaboradores da iStock com os extensos recursos e experiência em tendências criativas da empresa-mãe Getty Images, a iStock oferece qualidade líder de mercado, conteúdo de estoque criativo distinto e autêntico, disponível apenas em www.istock.com.

Para notícias e anúncios da empresa, visite nossa Sala de Imprensa; Para obter informações, visite o blog da iStock. Encontre a iStock no Facebook, Twitter, Instagram e LinkedIn. Você também pode baixar o aplicativo iStock, onde você pode facilmente encontrar, salvar e compartilhar conteúdo premium para criar comunicações visuais incríveis.

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Celebridades

Mudar alimentação pode acrescentar até 13 anos de vida

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Foto: Freepik

Já está claro que comer menos doces e mais vegetais faz bem para a saúde. Um novo estudo, porém, traduziu em números os impactos de ter uma dieta saudável: é possível aumentar em até 13 anos a expectativa de vida ao mudar a alimentação.

A pesquisa estimou o tempo de vida ganho – ou melhor, que deixaria de ser perdido – ao se substituir uma dieta típica ocidental – com alta ingestão de carne vermelha, açúcar e processados – por uma alimentação à base de grãos integrais e leguminosas, como feijão e lentilha. O estudo foi realizado por cientistas da Universidade de Bergen, na Noruega.

De acordo com os pesquisadores, um jovem de 20 anos nos Estados Unidos pode alcançar um aumento de até 13 anos na expectativa de vida após fazer essa mudança alimentar de forma permanente. Entre as mulheres americanas com a mesma idade, o ganho seria de 10,7 anos ao adotar uma dieta mais saudável.

A mudança alimentar na faixa dos 40 também ajuda na saúde. O ganho de expectativa de vida, de acordo com a pesquisa, é de 10 anos para as mulheres e de 11,7 anos para os homens que trocam alimentos como bacon e salsichas por legumes e verduras.

Já entre os idosos de 80 anos, os cientistas apontaram um benefício menor: alta de 3,4 anos na expectativa de vida, após a troca da dieta. Todas as faixas etárias analisadas se beneficiariam das mudanças alimentares, de acordo com a pesquisa, mas o ganho cai à medida em que a troca ocorre mais tarde.

“A mudança sustentada de uma dieta típica para uma dieta otimizada desde tenra idade pode se traduzir em um aumento na expectativa de vida de mais de 10 anos. Os ganhos são reduzidos substancialmente com o atraso no início das mudanças, principalmente quando se aproxima a idade de 80 anos”, concluíram os pesquisadores.

Até mesmo uma dieta “no meio do caminho” entre a típica ocidental e a considerada ideal traz benefícios, segundo os autores. Um prato que não exclui, mas reduz a quantidade de carnes vermelhas e processadas e a de bebidas açucaradas também está associado a um aumento de expectativa de vida, embora menor.

A mensagem principal do estudo, segundo afirmam os cientistas, é a de que comer mais leguminosas, grãos integrais e nozes e comer menos carne vermelha e carnes processadas parece ser a forma mais eficaz de aumentar a expectativa de vida entre pessoas que seguem uma dieta típica ocidental.

O estudo foi publicado na semana passada na revista científica Plos Medicine. Para chegar a esta conclusão, os cientistas analisaram uma série de outras pesquisas que já indicavam associação entre a ingestão de determinados alimentos e a mortalidade.

Essas pesquisas avaliadas pelos noruegueses mediram o impacto no risco de mortes prematuras para vários grupos de alimentos, como frutas, vegetais, grãos integrais e refinados, nozes e legumes, peixes, ovos, leite/laticínios, carnes vermelhas e processadas, e bebidas açucaradas.

Já está claro para a Medicina que comer certos alimentos pode levar a um aumento de doenças cardiovasculares, câncer e diabete, responsáveis pelo grande número de mortes em todo o mundo. Carnes processadas, como bacon e linguiça, por exemplo, aumentam o risco de câncer do intestino, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A análise dessas pesquisas anteriores levou cientistas noruegueses a criar uma espécie de calculadora da dieta, em que são avaliados em conjunto os benefícios dos alimentos já pesquisados anteriormente. Segundo os cientistas, a ferramenta pode ser útil para que médicos, legisladores e a população em geral entendam o impacto de escolhas alimentares.

A pesquisa tem limitações. Os cientistas ponderam que os estudos considerados para criar a calculadora devem ser interpretados com cautela. Parte deles apresenta associações entre a ingestão de determinados alimentos e aumento ou redução da mortalidade, sem comprovar relação de causalidade. As estimativas dos noruegueses também não levam em conta diferenças de fatores de risco nem vulnerabilidade genética de algumas populações.

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